A ideia de um festival Pina Bausch, em Lisboa, em 2008, no Teatro São Luiz e no Centro Cultural de Belém, parte do interior das direcções artísticas destas duas instituições. Com efeito, 1994 e 1998 são duas datas relevantes para que se possa agora compreender a razão desta nova iniciativa, 2008 – Um Festival Pina Bausch:
1994 – Lisboa, Capital Europeia da Cultura: Jorge Salavisa, como programador da dança, traz a Lisboa as grandes obras de Pina Bausch, entre elas A Sagração da Primavera, Café Müller, Kontakthof, Viktor e 1980.
1998 – Expo 98, Festival dos 100 Dias: António Mega Ferreira convida Pina Bausch para uma residência artística que culmina com a criação da sua peça sobre Lisboa, Mazurka Fogo.
É assim que, uma década depois, se volta a sentir a necessidade de dar continuidade a iniciativas, que, a seu tempo, marcaram Lisboa como paragem e fonte de inspiração obrigatória na obra artística de Pina Bausch. Este será um festival diferente. Durante uma semana, Pina Bausch e a sua companhia vão estar presentes quase em simultâneo nos dois teatros e em contacto muito directo com o público. Vamos ter os famosos bailarinos da companhia a falar sobre as suas participações nas obras e filmes de Pina Bausch e a contar histórias inéditas sobre o processo criativo, vamos poder partilhar com Peter Pabst os seus 28 anos de criação de cenários para as peças de Pina Bausch, vamos poder ver documentários e projecções e ouvir personalidades, cujos percursos pessoais e profissionais se tenham, de alguma forma, cruzado com Pina Bausch. Vamos ainda ter exposições de fotografia.
– Café Müller, peça icónica em que a própria Pina Bausch é uma das intérpretes;
– Mazurka Fogo, a peça sobre Lisboa e, claro, de presença obrigatória neste evento;
– Nefés, uma peça sobre Istambul, remata este Festival com uma explosão de dança que pertence já a uma nova fase criativa de Pina Bausch e onde o lado subversivo das suas peças de juventude dá lugar à doçura da plena maturidade sem, por um momento, deixar de ser tão genial como sempre.
TEATRO SÃO LUIZ
CAFÉ MÜLLER
Uma peça de Pina Bausch – Tanztheater Wuppertal
4 a 9 MAIO
4 e 5 MAI ÀS 21HOO
8 e 9 MAI ÀS 18HOO
SALA PRINCIPAL
O LAMENTO DA IMPERATRIZ
Um filme de Pina Bausch
4 MAI
DOMINGO ÀS 22HOO
JARDIM DE INVERNO
Comentado por José Sasportes.
ENTRADA LIVRE
CONVERSA COM
Dominique Mercy, Nazareth Panadero e Luísa Taveira
5 MAI
SEGUNDA ÀS 22HOO
JARDIM DE INVERNO
ENTRADA LIVRE
LISSABON – WUPPERTAL – LISBOA
Um filme de Fernando Lopes
6 MAI
TERÇA ÀS 22HOO
JARDIM DE INVERNO
Comentado por Fernando Lopes, Maria João Seixas e António Mega Ferreira.
ENTRADA LIVRE
A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
Um filme de Pina Bausch
7 MAI
QUARTA ÀS 22HOO
JARDIM DE INVERNO
Comentado por Olga Roriz e Rui Horta.
ENTRADA LIVRE
CONVERSA COM
Peter Pabst – 28 anos de cenários para Pina
8 MAI
QUINTA ÀS 22HOO
JARDIM DE INVERNO
ENTRADA LIVRE
CENTRO CULTURAL DE BELÉM
NEFÉS
Uma peça de Pina Bausch – Tanztheater Wuppertal
2 E 3 MAI
SEXTA E SÁBADO ÀS 21HOO
GRANDE AUDITÓRIO
MASURCA FOGO
Uma peça de Pina Bausch – Tanztheater Wuppertal
7 A 9 MAI
QUARTA A SEXTA ÀS 21HOO
GRANDE AUDITÓRIO