Como seria Mozart se tivesse vivido hoje? Que música, que arte, seria a sua? Qual seria a sua versão de “A Flauta Mágica”? Trata-se, obviamente, de uma pergunta sem resposta, mas que nos fez imaginar uma versão que fosse actual e directa, que fosse buscar referências estéticas à realidade urbana e popular, à não linearidade, que incorporasse elementos técnicos de hoje e que trouxesse para o público elementos de abertura, de participação e de observação do processo simultaneamente com o produto.
A Flauta Quase Mágica é uma reinvenção de “A Flauta Mágica”, de Mozart. Partindo da ideia e do material musical original fez-se uma reescrita muito livre da peça, mantendo algum referencial de partida, mas usando sobretudo ideias originais, musicais e dramáticas. No centro da peça estão as figuras de DJ Moz e VJ Art, um duo verdadeiramente transdisciplinar e actual que se socorre dos vários talentos de uma equipa criativa, e também do público, para criar algo que está algures entre uma peça de música, de teatro e de arte digital.
A Flauta Quase Mágica tem outras facetas: o público observa todo o processo de criação e também participa nele, através da criação de sons. Os heróis da história têm que atravessar espaços interactivos, faz-se referência à realidade virtual, a linguagem musical de Mozart é cruzada com referências da música comercial, urbana. O humor e a caricatura são elementos chave, bem como a conjugação de várias linguagens musicais, artísticas e uma forte componente tecnológica.
A Flauta Quase Mágica é uma peça de Música Teatral dirigida a todas as idades.