A partir de um corpo a vários tempos e tendo como base os movimentos do Kuduro, Gio Lourenço (Angola,1987) constrói um itinerário biográfico onde o corpo se torna uma alegoria da memória. O Kuduro surge nos anos 90, em Luanda, no contexto de uma guerra civil. Os códigos específicos deste estilo de música / dança chegavam a Portugal através do corpo e das K7s dos que transitavam entre estes dois países. É na adolescência, no final dos anos 90 e já a viver em Portugal, que Gio Lourenço entra em contacto com este universo e se torna kudurista, descobrindo um corpo partido – o seu – onde a memória se reinventa no gesto. BOCA FALA TROPA propõe um território artístico deslocado de uma geografia concreta – o trânsito entre Angola e Portugal – partindo dos passos e dos códigos do Kuduro para cruzar elementos da memória individual, e as suas inevitáveis ficções, com elementos da memória coletiva.
Boca Fala Tropa
Gio LourençoAlkantara Festival 2022
24 a 26 novembro
quinta e sexta, 19h; sábado, 16h
Sala Mário Viegas
45'
€12 (com descontos)
M/12
26 novembro, sábado, 16h
Em português, com legendagem em inglês
Conversa com artistas depois do espetáculo
Descrição
Ficha Técnica
Direcção Artística Gio Lourenço Texto Gio Lourenço e Cátia Terrinca Dramaturgia Cátia Terrinca Apoio à Criação Neusa Trovoada e Sofia Berberan Performers Gio Lourenço, Xullaji e Vânia Doutel Vaz (em vídeo) Vídeoartista Michelle Eistrup Desenho de Som Xullaji Desenho de Luz Manuel Abrantes Apoio ao Movimento Vânia Doutel Vaz, Fogo de Deus Acompanhamento em Corpo Sofia Neuparth Cenografia e Figurinos Neusa Trovoada Figurinos do vídeo Magda Buczek Figurinista Ulla Jenner Fotografia Sofia Berberan Produção executiva Paulo Lage Produção Medusa Material Apoios Bolsa de Criação O Espaço do Tempo e BPI – Fundação La Caixa, Alkantara, c.e.m.-centro em movimento, Casa dos Direitos Sociais, Fonden FABRIKKEN for Kunst og Design, Companhia Olga Roriz e Fundação GDA