Lotação reduzida e limitada a uma pessoa por sessão. Sessões contínuas (de 5 em 5 min.)
Escutar a melodia do nosso coração – a tecnologia médica encontra a música mecânica.
O Cardiophone foi criado pela artista Moran Duvshani e permite ao público ouvir a melodia dos seus próprios corações, através de um aparelho para fazer eletrocardiogramas e de uma caixa de música.
Uma viagem ao nosso interior que se inicia com um eletrocardiograma e termina com a escuta individual da melodia única produzida por cada coração, numa experiência íntima e singular.
Cada participante é convidado a deitar-se numa marquesa, enquanto um intérprete lhe faz um eletrocardiograma, no final recebe um gráfico da sua atividade cardíaca. Em seguida leva este gráfico a outro intérprete que realiza furos numa tira de papel, seguindo o padrão do ECG. Seguidamente, a faixa perfurada é inserida numa caixa de música, para que o espectador possa escutar a música do seu coração.
Cardiophone é uma experiência única, ao permitir o encontro entre a tecnologia médica e a música mecânica, em que ambos se fundem numa obra de arte. O ato de traduzir o gráfico da atividade
cardíaca em notas musicais, atribui camadas emocionais profundas a este procedimento médico familiar.
Esta peça foi criada após a morte da avó de Moran Duvshani, cujos batimentos cardíacos eram traçados diariamente num ecrã por cima da sua cama no hospital. Moran sentiu subitamente um forte desejo de ter alguma lembrança, algum testemunho físico do batimento cardíaco da avó que tanto amava. Durante o processo de luto percebeu que poderia traduzir o movimento do coração numa melodia; embora não tenha tido a possibilidade de o transformar em música antes dela falecer, o Cardiophone já tocou as suas melodias em Israel e outros países, em torres de sino, jardins de infância, museus, teatros, residências particulares e festivais, e continua a viajar pelo mundo.
Moran Duvshani é uma artista multidisciplinar que cria teatro visual e performances. Nasceu no Kibutz Barkai, Israel, em 1984. Foi educada no ambiente agrícola do Kibutz e recebeu formação em dança e artes. Por volta dos 20 anos, vivia a viajar como artista de rua na Europa e a trabalhar como professora em programas educativos para crianças e adultos com necessidades especiais em Israel. Terminou os seus estudos na Escola de Teatro Visual de Jerusalém em 2013, e recebeu o prémio Mayor’s Prize for outstanding work. Em 2011, recebeu o Excellence Award da Jerusalem Foundation. Atualmente, Moran é uma artista independente, performer e consultora artística. Desenvolve workshops com base na metodologia que desenvolveu e ensina marionetas e teatro de sombras para crianças em programas de educação especial.
Nos seus trabalhos mais recentes, salienta-se A Light Hour Away, Cardiophone, A Second Chance, Still Like, Rehearsing the Way Home, Nearly Very Good, A Taste of Pink, Traces.
O seu trabalho foi apresentado em diversos festivais internacionais, na Estónia, Áustria, Alemanha, Letónia e Islândia. Em Israel, o trabalho de Moran foi realizado em vários museus, teatros e galerias, incluindo o Museum of Islamic Art, Tmuna Theatre, Train Theatre, Miklat 209, HaHanut Theatre, Performance Art Arena, Celims Centre for choreography and dance e Gaza 13 Gallery. Algumas das suas peças são projetos independentes que foram criados e apresentados em espaços não convencionais, incluindo salas de aula ou o jardim botânico em Jerusalém, e até mesmo nas ruas do Kibutz, onde Moran nasceu.