Em Cenas da Vida Conjugal, Rita Calçada Bastos reflete sobre este tempo em que o que parece ser a realidade a maior parte das vezes não é. Não passa de uma lente que traduz o presente, em que cada um tem a sua visão, a sua noção de verdade, a sua imagem do outro, mas não passa de uma breve noção à medida daquilo que sabemos. “Ser, na sua totalidade, está cheio de coisas feias e magras e comezinhas, e isso nós habitualmente não mostramos, queremos mesmo esconder, empenhamo-nos seriamente nessa empresa. Esconder de nós e sobretudo do outro, da sociedade”, diz. No texto de Ingmar Bergman encontrou essa impossibilidade de ser total, essa dificuldade de suportar a realidade tal como ela deveria ser e essa crueldade da relação com o outro. “Vivemos comandados pelos nossos fantasmas e a nossa realidade não passa disso, de uma projeção”, continua. A partir de um jogo de atores puro e duro, cria um diálogo entre Teatro – aquilo que quer que se veja e o que quer esconder – e Cinema (a cargo de João Canijo) – aquilo que aparenta ser real e o que não passa de uma projeção.
Conversa com o público
A importância de Ingmar Bergman na vida de todos nós
26 junho
sábado, 17h30
Helena Pilsas, embaixadora da Suécia em Portugal
Aida Tavares, diretora artística do Teatro São Luiz
Maria Quintans, dramaturga
João Canijo, realizador
Rita Calçada Bastos, encenadora e atriz
Ivo Canelas, ator
Katrin Kaasa, atriz
Entrada livre sujeita à lotação da sala.
Bilhetes disponíveis online na véspera em bol.pt.
E na bilheteira do Teatro, no próprio dia a partir das 15h, até dois por pessoa.