A Associação Portuguesa de Críticos de Teatro – APCT – celebra os seus 40 anos com uma conferência em que pretende refletir e questionar a forma abrangente e política da atividade crítica, nos jornais, nas instituições, na cultura e na sociedade.
Um encontro que desafia a que se olhe para o passado, para o presente e para o possível futuro da APCT e que conta com as intervenções de Maria João Brilhante, José Capela, Mónica Guerreiro, João Carneiro e Amarelo Silvestre.
Este país não é para críticos?
Portugal nunca teve um caudal de atividade crítica que pudesse ser considerado suficiente. Sempre pareceu pouco. Mas na última década vimos agudizar a agonia da prática crítica profissional. As poucas vozes que ainda militam no espaço público, debatem-se com a precarização ou com a crescente amadorização, como o reduzido espaço nos jornais e nas instituições, a não remuneração da atividade pode afastar sobretudo os jovens críticos.
A Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT) foi fundada em 1984 por Carlos Porto, Maria Helena Serôdio, Luiz Francisco Rebello, Mário Sério, Tito Lívio, Maria Helena Dá Mesquita, Manuela de Azevedo, Fernando Midões, Jorge Listopad, José Valentim Lemos e José Manuel da Nóbrega, com o objetivo de “dignificar, estruturar e responsabilizar a atividade crítica relativa à teoria e prática do teatro, entendendo-se por atividade crítica não só a crítica de espetáculos, mas também tudo aquilo que diga respeito à informação, reflexão e teorização no campo das artes performativas” (Estatutos APCT, Capítulo Primeiro, Art.º 2.º).
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