A besta que temos dentro
Que medo!
Fecho os olhos e vejo
Cenas de filme de série B,
Sangue, vísceras, violência!
Degredo!
Ao centro um ser malfazejo
Se deleita, sou eu, e quê?
De mim não posso fugir, paciência!
Tão cedo!
Fecho os olhos e até o ensejo
Besta sedenta de sangue A O B,
Mais ou menos, estou só, com licença!
Menos dedo,
Um esguicho de ser vejo,
Somos tantos, besta, vítima, mais quê?
Sozinhos, todos nós, mental ciência!
Segredo:
Agora posso o desejo,
De selvagem ser. Nenhum outro se vê.
E expandir-me, e misturar-me com o espaço da ausência!
Patrícia Caldeira
19 jan – 4 mar
Ciclo Tânia Carvalho
Vislumbres de 20 anos a fazer orquéstica no reverso das palavras (uma lentidão que parece uma velocidade)
Companhia Nacional de Bailado, Teatro Maria Matos e Teatro São Luiz