“Nem tudo o que enfrentamos pode ser mudado. Mas nada pode ser mudado enquanto não for enfrentado”
James Baldwin
O palco como lugar de união, combate e utopia. E antes de tudo, o som. Sempre a música como motor: agir, reagir, resistir, reexistir. Permanecer no presente e ensaiar o desejo de um mundo novo e de novas formas de conviver. Acomodar o incómodo, abraçar o risco de falhar. Cantar, dançar, ousar comunicar da forma que melhor sirva uma intenção coletiva de mudança. Recusar a discriminação e as injustiças sociais que persistem e se agigantam à boleia de mais uma crise. Reconstruir, restaurar, reumanizar.
Num tempo noturno de (im)possibilidades, Sílvia Real decidiu mergulhar na sua memória de três décadas de repertório artístico, um universo saturado de referências musicais ecléticas, personagens femininas marcantes e figurinos fantasma. Um mergulho íntimo do qual emergiram com um renovado fulgor palavras e canções que, outrora familiares, são agora apropriadas por uma banda em (des)construção, para dar voz ao que mais importa pôr em movimento: a empatia, a cooperação, uma ideia viva de revolução.
Assim é Concerto nº. 1 para Laura, uma chamada à realidade e um apelo à ação, para o qual Sílvia Real convocou os seus cúmplices de longa data, o coreógrafo Francisco Camacho, a música Sofia Sequeira, a investigadora Simone Longo de Andrade, e os bailarinos e cocriadores Beatriz Valentim e Magnum Soares.
Este espetáculo é dedicado ao músico Pedro Gonçalves (1970-2021).
Próximas apresentações:
10 de junho – Festival Y na Covilhã (Teatro Municipal da Covilhã)
19 de julho – Semana da Dança de Guimarães (Pequeno auditório do CCVF)
28 de julho – Citemor (Coimbra – Cerca de São Bernardo)
29 de setembro – Teatro Viriato (Viseu)
18 de outubro – Teatro das Figuras (Faro)