Há sons que se agarram à História, como se recusassem extinguir-se. É o caso das melodias e dos acordes rasgados de Carlos Paredes. Já passaram mais de duas décadas desde o seu desaparecimento e teimam em desbravar sentidos nestes novos tempos. No ano em que assinalamos o centenário do nascimento deste músico extraordinário, a Metropolitana transfigura o timbre da guitarra em registo sinfónico trazendo ao palco do Teatro São Luiz algumas das músicas que o próprio ali tocou em 1992, tais como Canto do Amanhecer, Verdes Anos e Dança Palaciana. O programa completa-se com impressões das ruas de Lisboa nas leituras de Frederico de Freitas e de Saint-Saëns, uma homenagem a Haydn com assinatura de Brahms e o espetacular Moto perpetuo de Paganini, em diálogo com o Movimento Perpétuo de Paredes.
Programa
Frederico de Freitas Prelúdio (sobre um pregão de Lisboa)
Carlos Paredes Lisboa e o Tejo (orq. Tiago Derriça)
Camille Saint-Saëns Une nuit à Lisbonne
Carlos Paredes Variações em Mi Menor (orq. Miguel Amaral)
Johannes Brahms Variações Sobre Um Tema de Haydn
Carlos Paredes Movimento Perpétuo (orq. Pedro Neves)
Niccolò Paganini Moto perpetuo (versão para orquestra)