Dez anos passados do último solo, A Sagração da Primavera, a coreógrafa volta a sentir-se impelida a um novo impacto consigo mesma. Com título, O Salvado (tudo o que ela conseguiu salvar), é por ora uma ideia, uma intenção por descobrir. A sua procura não passa pela pesquisa de linguagem, mas pela continuação de uma luta partilhada. Agarrando na vida como um naufrágio, o que se consegue salvar desta catástrofe? Que objetos, que coisas se livraram do perigo? O que consegue uma vida de sete décadas, ainda preservar? O que traz agarrado que se consiga ainda desprender e tornar matéria? O que não morreu ainda nela? Do que se conseguiu libertar? A sua coleção de sapatos… Os seus vestidos… O seu humor… Que corpo é agora o seu? Que histórias terá ainda para contar? Tudo suspenso tudo no ar…. Tudo suspenso tudo na memória… Na nuvem… in the cloud. Ouve-se a abertura das suas músicas preferidas. Será que se ouve a sua voz? Todas estas questões carecem de outras tantas e sobretudo de reflexão numa pesquisa interior. A violência e o enfado no imaginário desta criadora, de proporções muito acima da matéria, nunca a deixaram suscetível a uma relação com o vazio.
O Salvado
UM SOLO DE OLGA RORIZ9 a 12 julho
quarta a sábado, 20h
Sala Luis Miguel Cintra
€12 a €15 (com descontos)
A classificar pela CCE
Descrição
Ficha Técnica
Direção, Interpretação, Textos e Escolha Musical Olga Roriz Banda sonora e Vídeo João Rapozo Cenografia Eric Costa Figurinos Bárbara Felicidade Desenho de Luz Cristina Piedade Direção Vocal João Henriques Assistência de ensaios André de Campos Direção Técnica e Operação de Luz João Chicó Desenho, Montagem e Operação de Som Sérgio Milhano/ PontoZurca Companhia Olga Roriz – Direção Olga Roriz Direção de Produção António Quadros Ferro Produção Executiva João Pissarra Gestão Georgina Pires Administração (residências, formação e instalações) Francisco Veres Machado Coordenação Corpoemcadeia Catarina Câmara Coprodução Teatro Nacional São João, Teatro Aveirense, Cineteatro Louletano e São Luiz Teatro Municipal