A Orquestra Sinfónica Juvenil (OSJ) encomenda, todos os anos, uma peça que apresenta em estreia mundial. O Teatro São Luiz tem sido palco de muitas destas estreias, que têm permitido a muitos compositores portugueses verem as suas obras interpretadas por uma orquestra sinfónica numa sala como esta. Este ano, a OSJ convida Christopher Bochmann, compositor luso-britânico, detentor de uma ampla lista de obras para quase todos os géneros e de numerosos arranjos e orquestrações. “Em 2002 escrevi a peça Lupercalia para grande orquestra, baseada nas práticas daquele feriado dos tempos da Roma antiga. Quinquatria acrescenta mais uma, numa série de quatro peças, que se referem às festas da Roma antiga: Quinquatria, festival dedicado à deusa Minerva, incluía momentos de cerimónia, de luta entre gladiadores e concursos de poesia. Também referido são as flautas de outro festival dedicado à mesma deusa”, escreve Bochmann, que vive e trabalha em Lisboa desde 1980 e já dirigiu a OSJ em centenas de concertos e, com ela, gravou quatro CDs com obras suas.
Ao longo das últimas décadas, a OSJ formou muitos instrumentistas de orquestras, deu a conhecer ao público muitos jovens solistas e levou a sua ação em favor da cultura musical a todo o país. É, por isso, reconhecida como uma instituição fundamental no nosso panorama músico-pedagógico, sendo a única orquestra sinfónica de jovens com atividade permanente, desempenhando um papel fulcral na formação de músicos, numa perspetiva de aperfeiçoamento de alto nível e profissionalização.
Programa
1ª Parte
BEETHOVEN, Ludwig van
Sinfonia nº.5, dó menor, Op. 67
Allegro con brio
Andante con moto
Scherzo: Allegro
Allegro
2ª Parte
BOCHMANN, Christopher
Lupercalia (2002)
BOCHMANN, Christopher
Quinquatria (2022) (estreia mundial)
BERLIOZ, Hector (1803 – 1869)
Abertura “Carnaval Romano”