Sessão em parceria com o Teatro São Luiz, a Casa Bernardo Sassetti, com acompanhamento musical ao vivo sob a orientação de Desidério Lázaro
As façanhas de Diogo Alves, um perigoso facínora que aterrorizou Lisboa, em 1836-39. Os assassinatos, os assaltos, a denúncia. A prisão, a sentença, a execução…
Assim reza a sinopse daquele que o primeiro director da Cinemateca, Féliz Ribeiro, classificou de “o primeiro grande filme de ficção português” apesar de existir uma versão inacabada datada de 1909. Com argumento baseado no folhetim “Criminosos Célebres”, este filme relata em quadros as façanhas macabras do “assassino do aqueduto”, Diogo Alves. Por isso, estamos igualmente perante o primeiro filme de terror português, visto tratar-se da vida de um serial killer. Estreado em Abril de 1911, foi um grande sucesso de público e alvo de polémica depois de ter sido suspensa a sua projecção pela polícia, pelo risco do filme poder “induzir ao crime”. Esta sessão especial vai ser acompanhada por uma partitura original da autoria de Bernardo Sassetti.
Seguir-se-á a conversa Do Silêncio, Revelação – A composição para cinema mudo em Portugal, que contará com a participação de Tó Trips – que, com os Dead Combo, integrou bandas sonoras de filmes do Repórter X e, a solo, compôs a música de “Surdina”, de Rodrigo Areias –, Filipe Raposo – pianista, compositor e orquestrador, que colabora ativamente com a Cinemateca Portuguesa – Margarida Cardoso, cineasta e amiga de Bernardo Sassetti com quem colaborou em “A Costa dos Murmúrios” e Desidério Lázaro – professor saxofonista e compositor, com moderação da curadora e investigadora Érica Rodrigues.