São Luiz encerrado até data a anunciar
O São Luiz Teatro Municipal cancela espetáculos e outras atividades e encerra ao público até data a anunciar, numa decisão da Câmara Municipal de Lisboa, como medida temporária com vista a reduzir os riscos de exposição e contágio do Covid-19.
Para reembolso ou troca de bilhetes, por favor, contacte 21 325 7650 ou pelo email bilheteira@teatrosaoluiz.pt
Nêsperas, música, fotografias, sonhos, viagens, choros e fogos. É certo e sabido que em qualquer teatro acontecem coisas inusitadas e espantosas, por vezes inexplicáveis. No São Luiz, aparecem e desaparecem sapatos. E, sempre que saltam à vista de quem os vê, é para descortinar histórias de pessoas que passaram pelo Teatro. Aparecem tímidos e se o barulho for muito dá-lhes a corda e dão à sola. Há quem já os tenha visto pelo foyer, palco, régie ou plateia, no corredor, nos camarins e até no teto, na bilheteira ou no elevador. Desde a temporada 2016 / 2017 que proporcionamos aos mais novos (e não só…) esta visita-espetáculo que desvenda histórias do São Luiz. Percorrendo vários cantos do Teatro, cruzamo-nos com os sapatos de uma maravilhosa atriz francesa, Sarah Bernhardt, de um ator português muito provocador, Mário Viegas, do próprio Sr. Luiz, o Visconde, e do marreco projecionista. A partir da temporada 2019 /2020, numa nova versão de Os Sapatos do Sr. Luiz, vamos encontrar também as pegadas de Almada Negreiros e dos técnicos que, nos bastidores, ajudam diariamente a pôr todos os espetáculos de pé.
São Luiz 125 Anos
1990
Ator, encenador, declamador, “especialista em todos os géneros”, como se apresentava, Mário Viegas é uma das figuras mais carismáticas do teatro português do século XX. Já depois de ter sido um dos fundadores da Barraca e do Novo Grupo – Teatro Aberto, cria a Companhia Teatral do Chiado, com a qual estreia, em dezembro de 1990, o espetáculo A Birra do Morto, de Vicente Sanches, na Sala-Estúdio do Teatro São Luiz. Aí se fixa, com uma programação regular, através de uma cedência de espaço pela Câmara Municipal de Lisboa. 1 de abril, o dia das mentiras de 1996, fica marcado pela sua morte. Desaparece um génio – mas o seu nome continua gravado naquela sala que passa a chamar-se Teatro-Estúdio Mário Viegas, mantendo o acolhimento à Companhia Teatral do Chiado. Mais tarde, com a integração deste espaço na programação regular do São Luiz, nasce a Sala Mário Viegas.