“Ler Maria Judite de Carvalho é mergulhar num imenso caldeirão de coisas sem nome, porque tratadas com extremo pudor, e que parecem explicar-nos, como a copa de uma árvore espelha as suas raízes escondidas na terra”, escreve Cristina Carvalhal, que comemora o centenário da escritora na sala Bernardo Sassetti, do Teatro São Luiz, com um ciclo de três leituras encenadas de excertos da sua obra, enquadrado por uma instalação de Adriana Molder. Na última sessão, e em jeito de tertúlia, há ainda tempo para ficar à conversa com Inês Fraga, neta da autora e estudiosa da sua obra. “Investigamos potencialidades cénicas de uma escrita plena de imagens, com a liberdade que uma leitura encenada permite, deixando que pequenos gestos convoquem o espectador a preencher estas paisagens, que poderíamos dizer sem barcos, como o título de um dos seus contos, mas a que chamámos sem história, porque eternas”, nota Cristina Carvalhal.
Leitura II
ÁGUA PARADA
26 outubro, terça, 19h
Paralelamente às leituras encenadas Paisagens sem História, a instalação de Adriana Molder O Meu Rosto Está Aqui, No Fogo-Fátuo pode também ser visitada nos seguintes dias e horários:
26 outubro, das 20h às 21h
27 outubro, das 18h às 21h
28 outubro, das 18h às 21h
30 outubro, das 17h às 21h
A entrada para visitar a instalação é gratuita, com levantamento obrigatório de bilhete.