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Perfil Perdido

Marco Martins
Este evento já decorreu
Datas e Horários

8 a 20 dezembro
terça a sexta, 19h; sábado, domingo e feriado (8 dez) 11h00

Local

Sala Luis Miguel Cintra (não convencional)

Duração

1h30

Preço

€12 (com descontos)

Classificação

m/14

Acessibilidade
Audiodescrição

20 dezembro, domingo, 11h00

Descrição

Face ao anúncio das atuais medidas de combate à pandemia de COVID-19, decidimos antecipar o horário da apresentação de espetáculos, de forma a permitir que o público possa cumprir o seu dever cívico de recolhimento. Manteremos os Teatros e Salas de espetáculos abertos, garantindo a oferta cultural e seguindo todas as regras de segurança de público e de todos os profissionais envolvidos.

 

“O nosso corpo também se torna outro para outros: cada um nasce objecto capitalizado, imagem de alguém; cada um nasce outro, radicalmente outro. Nascemos para sermos, antes de mais, essa coisa fora do comércio vulgar e que, antes de ser nomeada e de tentar viver a sua própria parte de sujeito, começa por ser a parte plena e inteira dos outros, esses outros privilegiados, os pais – literalmente os reprodutores -, confrontados com o objecto desconhecido do seu desejo, com o inatingível de uma transmissão”.

Pierre Legendre em L’Inestimable objet de la transmission

 

Perfil Perdido é uma peça de Marco Martins sobre filiação e a figura do pai, criada para dois intérpretes e uma voz. Partindo da representação da figura do pai enquanto elemento central da arte ocidental e da domesticidade enquanto estaleiro, os dois protagonistas percorrem a vida de várias personagens, outros eus, criando relações e cruzamentos inesperados – não têm idade nem género ou corpo definido, transmutam-se entre si, criando mundos fugazes e fragmentados.

Na gíria da história de arte,  Perfil Perdido alude um retrato a ¾, em que o rosto não se vê mas é convocado, em que atenção é focada naquilo que, não sendo explícito, é indiciado como fundamental. Assim parece acontecer muitas vezes no âmbito da família, imbrincado reduto do mais ancestral e problemático que há em nós, onde se joga em alta parada o (des)equilíbrio entre o indivíduo e o coletivo, entre o interesse pessoal e o bem comum.

Ao convocar um trabalho de improvisação que tem como base o fluxo de memórias pessoais de Beatriz Batarda e Romeu Runa,  Marco Martins cria um espetáculo  em que  os vários excertos de textos usados – que  constituem a sua matriz dramatúrgica – são assim simultaneamente uma reconstrução, mais ou menos verdadeira ou falsa da biografia dos seus intérpretes, do que foi vivido ou talvez fantasiado, e também testemunhos diretos de outros autores – como Kafka, Bacon, Sófocles, Siri Hustvedt, Peter Kubelka ou Édouard Louis – sobre as suas relações com a autoridade paternal.

Construído ao longo de um ano de residências, Perfil Perdido é um trabalho em constante mutação, criado num calendário atípico: um ano separa a sua ante-estreia no Festival Internacional de Istambul da estreia nacional no Teatro São Luiz.

FOLHA DE SALA

Datas de digressão 2021:

– Centro Cultural Vila Flor: 14 e 15 de maio
– Cineteatro Louletano: 22 e 23 de maio
– Teatro Viriato: 5 e 6 de junho
– TeCA/TNSJ: de 10 a 13 de junho

Ficha Técnica

Encenação Marco Martins Textos Francis Bacon, Julian Barnes, Sophie Calle, Siri Hustvedt, Franz Kafka, Édouard Louis, Peter Kubelka, George Oppen, Sylvia Plath, Richard Tuttle, Sófocles, Gonçalo M.Tavares, William Shakespeare, George Steiner, Manuel Vilas e Slavoj Zizek Interpretação Beatriz Batarda e Romeu Runa Sonoplastia Tiago Cerqueira Cenografia Fernando Ribeiro Desenho de luz Nuno Meira Assistência de desenho de luz Ricardo Campos Desenho de Som Sérgio Milhano Assistência Desenho de Som Tomé Silva Figurino Teresa Pavão Assistência de encenação Rita Quelhas Apoio aos ensaios Hugo Cabral Mendes, Rui Catalão, Vânia Rovisco, Victor Hugo Pontes Consultoria ilusionismo Hélder Guimarães Consultoria sapateado Marinela Mangueira Direção de produção Mariana Brandão Assistência à Produção Margarida Silva Coprodução Arena Ensemble, Teatro Nacional S. João, Centro Cultural Vila Flor, Cine-Teatro Louletano e São Luiz Teatro Municipal Apoio financeiro República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direcção- Geral das Artes Residências artísticas dVIR/CAPa, Cine-Teatro Louletano, CENTQUATRE, PARIS, O Espaço do Tempo Apoio Artworks Agradecimentos Ministério dos Filmes, Polo Cultural Gaivotas/Boavista, Pro.Dança, Alliance Française Lisbonne, Pensão Favorita (Porto), Adriano Filipe Silva, Leonor Sassetti Paes Ante-estreia 28 novembro 2018, Festival Internacional de Teatro de Istambul ///

O Teatro São Luiz/EGEAC é parceiro no Projeto Europeu Teatro(s) Inclusivo(s)/Inclusive Theatre(s).
Rede de desenvolvimento de  novos públicos através de ações inclusivas para pessoas com necessidades específicas.

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