A partir de 1 de outubro, as salas do Teatro São Luiz voltam a ter lotação de 100%. Há, assim, mais bilhetes à venda para cada sessão.
Não se efetuam trocas de bilhetes, mas é possível a devolução nos espetáculos que se realizam até 18 de outubro caso não se sinta confortável com a reposição da lotação.
Para mais informações, contactar a bilheteira pelo telefone (+351) 213 257 650 ou pelo email bilheteira@teatrosaoluiz.pt
“Em casa dos meus pais havia um menino que vivia debaixo da minha cama. Ele lançava fogo pela boca. Eu queria voar, como ele, e lançar fogo pela boca. Eram esses os meus desejos mais íntimos, mas eram proibidos, ou eu sentia que eram proibidos. Demorei muito tempo, muito muito tempo, a autorizar-me a mim própria a voar e a lançar fogo pela boca.”
Uma escritora obcecada pelo funcionamento da mente consciente, a artista-plástica-personagem do romance que está a escrever e Margaret Cavendish, a filósofa-investigadora-romancista do século XVII que lhe assombra os dias, são algumas das figuras evocadas nesta história. Se o discurso artístico pode ser considerado, por natureza, um discurso contra-corrente, porque é que ainda assim, no seu seio, se mantêm e se reproduzem determinados estereótipos? Uma cadeia de associações subliminares que remonta aos antigos gregos, parece continuar a ligar masculino, intelecto, alto, duro, espírito e cultura, por oposição a feminino, corpo, emoção, suave, baixo, carne e natureza. Sou uma Ópera, um Tumulto, uma Ameaça, criação de Cristina Carvalhal, é uma história com outras histórias dentro ou como contar uma história ou sobre a nossa cabeça quando tentamos contar uma história. Uma fantasia, uma paisagem mental, baseada em O Mundo Ardente, de Siri Hustvedt.