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«I know who the Dead Ones are. They are the guests of the Human Community who are neighbours to us of the Forest. It is their Feast, the Gathering of the Tribes. Their councillors met and said, Our forefathers must be present at this Feast. They asked us for ancestors, for illustrious ancestors, and I said to FOREST HEAD, let me answer their request. And I sent two spirits of the restless dead…»
A Dance of the Forests, Wole Soyinka
O Morto e A Morta, trazidos de volta à vida pelo Deus Aroni, chegam à Reunião das Tribos. Erguem-se das suas campas de terra no meio da floresta e pedem àqueles que passam para “aceitarem o seu caso”. O Morto e a Morta, “dois espíritos dos mortos inquietos” que em vida foram marido e mulher, trazem consigo as feridas de um outro tempo, confrontam os seus carrascos num estranho ritual de morte, expiação, desobediência e renascimento. Os quatro mortais que O Morto e A Morta confrontam, carregam o seu passado apesar de não manterem a identidade da sua vida anterior – Rola, uma prostituta que na vida anterior foi Madame Tartaruga; Adenebi, um historiador da corte do Imperador Mata Kharibu, é agora um orador do conselho; Agboreko, foi um adivinho do Imperador Mata Kharibu e nesta vida mantém a mesma atividade; e Demoke, escultor, que outrora foi poeta da corte. O que os precede é também o que determina o seu presente, são o antes e o que se segue, o humano e a floresta. Todos são em simultâneo o que são e o que foram – os mortos e os vivos também. Como uma metáfora botânica devoradora do sentido do mundo, quanto mais se avança na ação mais se recua no tempo.
Conversa
Quem é que manda no tempo?
Falar de cena no Teatro
Sala Mário Viegas
22 janeiro, 17 h
Entrada livre, sujeita à lotação da sala